A influência da Internet nas decisões de compra
Já reparou que são precisos pouco mais do que três cliques para se fazer uma compra na Internet? Mas antes dos cliques finais, os consumidores têm na rede um manancial de informações que lhes permite avaliar a função, qualidade e preço dos produtos, comparar esses parâmetros com outros produtos do mercado e, por fim, decidir. Hoje em dia, a internet é poderosa e influencia as pessoas interessadas em comprar novos produtos.
Um estudo da Nielsen de Fevereiro de 2013 – 29 mil entrevistados com acesso à internet de 58 países – aponta que essa influência aumentou em categorias como componentes eletrónicos (81%), eletrodomésticos (77%), livros (70%) e música (69%).
Nos bens de consumo generalizado a tendência tem recuperado fulgor, com o é o caso dos alimentos e bebidas (62%), higiene pessoal (62%) e saúde pessoal/medicamentos (61%), sendo que os entrevistados atribuem igualmente muita importância à internet no ato de comprar roupa nova (69%) e automóveis (68%).
Os consumidores mais engajados com o infindável shopping que é a internet, os mais decididos ano ato de compra, encontram-se na Ásia-Pacífico, América Latina e Médio Oriente/África.
Já os norte-americanos consideram a internet pouco importante na tomada de decisões de consumo em produtos como eletrónica (73%), eletrodomésticos (63%), automóveis (62%) e música (59%). O mesmo não acontece com os livros (61%) e alimentação/bebidas (51%), onde procuram informação na rede.
As redes sociais têm, neste particular, importância decisiva. “(…) Podem ser uma mesa de som eficaz para se ouvir os problemas potenciais ou identificar oportunidades de inovação. Como as redes sociais se estendem para os bens de consumo, são ainda mais impactantes quando utilizadas em combinação com a televisão, pois facilitam o diálogo com os consumidores”, defende Rob Wengel, vice-presidente sénior da Nielsen Analytics.
Nos EUA, 59% dos entrevistados admitiram ser mais propensos a comprar um novo produto depois de o pesquisar na internet, num fórum (30%), no site do fabricante (45%) ou através de um artigo num site visitado frequentemente (39%). E fazem o mesmo relativamente às redes sociais (30%), um anúncio de Web (29%) ou um vídeo postado num site de partilha de vídeo (27%).
Estes números provam que cada vez mais o mundo online se aproxima do mundo offline, não só na forma como as pessoas comunicam e interagem, mas também na forma como obtêm conhecimento e na forma como consomem.
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