O que os comediantes Monty Phyton e o Spam têm em comum

O conceito de e-mail marketing é frequentemente acompanhado por uma pequena palavra de quatro letras: spam. Mesmo que não saiba o significado por detrás desta palavra, é bastante provável que seja alvo desta praga da Internet se tem uma conta de e-mail.

Sabe aqueles e-mails que recebe de vez em quando, que não sabe de onde vêm ou porque estão ali? Que tentam vender algo que você tem a certeza de que não quer? Ou enviados por um destinatário misterioso que diz no assunto que precisa de falar consigo urgentemente? Sim, isso é spam.

Acrónimo para a expressão Sending and Posting Advertisement in Mass (Envio e publicação de publicidade massiva) é também conhecido por Stupid Pointless Annoying Messages (Mensagens Estúpidas, Sem Sentido e Irritantes). No entanto, por muitas dores de cabeça que nos dê este problema, há uma história curiosa por detrás deste nome.

Conhece o grupo de humoristas britânicos Monty Python, conhecidos a nível internacional pelas suas piadas históricas? E se lhe disséssemos que o termo spam está inspirado num sketch deste grupo e… num enlatado?

Spam, spam, bacon, spam

Se quiséssemos marcar num calendário a data de nascimento do spam, apontávamos o dia 5 de março de 1994. Carter e Siegel, dois advogados norte-americanos que participavam num grupo de discussão online, decidiram fazer propaganda a uma lotaria perante um grupo de pessoas que debatia outro assunto que nada tinha a ver com aquele. Muitos dos que participavam no grupo consideraram que aquela era uma tática abusiva e criticaram de imediato os dois advogados.

No entanto, as críticas não demoveram a dupla de advogados. Um mês mais tarde, voltaram a publicar a mesma mensagem mas dessa vez não o fizeram num grupo de discussão… mas sim em vários! A publicação massiva de tantas mensagens foi feita através de um software que enviava o mesmo conteúdo para uma série de grupos. Seguiram-se mais críticas e até mesmo alguns problemas no sistema informático desses grupos.

Porém, foi numa dessas discussões que surgiu a primeira referência ao spam. Em 1970, os comediantes britânicos Monty Python filmaram um vídeo que mostra um grupo de vikings num café a usar repetidamente a palavra spam – um enlatado norte-americano à base de presunto. Fica o vídeo para ver.

Por ser tão irritante e até imposto em todas as refeições do café – mesmo quando a cliente não desejava – o termo foi associado a esta prática iniciada por Carter e Siegel. Nos anos que se seguiram, o envio massivo de mensagens evoluiu, provando que mensagens publicitárias podiam causar mais dano do que aquela enviada pelos advogados.

Ao delinear uma estratégia de e-mail marketing para a sua empresa, é importante por isso que tenha em conta aquilo que pretende expressar nas suas mensagens mas, acima de tudo, aquilo que o público quer ler. Não dê ao público spam quando o público não quer spam.

Ao cederem o e-mail à sua empresa, os internautas estão a consentir iniciar uma relação consigo: pode-se mesmo dizer que é uma prova de confiança. No entanto, são também os internautas que têm o poder de terminar tal relação quando começam a receber informação que não lhes interessa. Não lhes dê oportunidade para que tal aconteça.

O e-mail é um excelente canal de comunicação. Usado por milhares de empresas em todo o mundo, é uma das ferramentas de marketing digital que melhores resultados regista. No entanto, tudo assenta na premissa do conteúdo relevante. Não deve usar este espaço com leviandade para enviar publicidade constante.

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