5 erros que empreendedores cometem em Mobile Marketing
No blog Estratégia Digital temos vindo, desde 2013, a acompanhar a evolução da tecnologia e da forma como comunicamos. Em quatro anos, assistimos a muitas mudanças tecnológicas que ditaram novos comportamentos e levaram as marcas a constatar que era necessário reformular as estratégias que estavam a aplicar. Olhando para trás e para tudo o que escrevemos nestes últimos anos, não é difícil perceber que uma das grandes mudanças de mercado se deveu ao impacto que o mobile teve nas nossas vidas.
Hoje, os smartphones proliferam no mercado. Dispositivos com ligação à Internet que se assumem como verdadeiros computadores capazes de caber nos nossos bolsos. Quando é que os smartphones entraram nas nossas vidas? Quando é que estes comportamentos se normalizaram? Esta não é uma pergunta de fácil resposta porque a transição foi de tal forma gradual que quase nem nos apercebemos de que estava a acontecer.
Todavia, a verdade é que aconteceu. Hoje, o smartphone tornou-se na principal ferramenta usada para ler notícias, comunicar, socializar, navegar e fazer compras. No entanto, a relação íntima que o móvel pode fornecer entre um consumidor e o seu fornecedor pode ser uma espada de dois gumes. Porquê? Bem, o mobile pode de facto permitir acesso instantâneo a uma vasta base de clientes… mas cometer erros neste meio pode sair-lhe muito caro.
Ao longo dos próximos parágrafos vamos listar alguns erros que nós mesmos já cometemos e que procuramos melhorar. Desta forma, esperamos ajudar todos os empreendedores a otimizar as suas estratégias de Mobile Marketing e a corrigir de vez certos erros que têm andado a cometer.
5 erros que empreendedores cometem em Mobile Marketing
1 – Não ter um objetivo
Pode não parecer, mas se a sua estratégia de Mobile Marketing não tiver objetivos próprios, distintos de outros objetivos da marca, é provável que perca o foco a certo ponto e que os resultados que espera comecem a declinar. O que tenciona receber a partir da sua estratégia de Mobile Marketing em específico?
Corta da lista objetivos como “Maximizar os lucros” porque esse é já um objetivo inerente a qualquer estratégia. Mergulhe fundo e procure o que realmente importa. Quer aumentar o engajamento através de uma aplicação? Quer fazer da app um meio de vendas? Ou não precisa sequer de app? Basta trabalhar publicidade e redes sociais? Tudo o que quer é arregimentar os seus seguidores nas redes sociais para os encaminhar para a compra?
Muitas marcas cometem o grande disparate de investir imenso em apps simplesmente porque ter uma app é cool. A verdade é que hoje, dada toda a saturação deste mercado e a memória interna dos smartphones, os utilizadores só vão manter e dar uso a apps que de facto lhes interessam e que sejam capazes de responder a necessidades do dia-a-dia. Se vai criar uma app com um serviço supérfluo que pode ser concretizado de outra forma, não invista porque o seu objetivo é outro.
2 – Criar anúncios grandes demais
Para os empreendedores que estão a explorar a componente de publicidade digital para Mobile Marketing, há algo importante a ter em conta: no ecrã de um smartphone o espaço é muito mais reduzido e condensado. Isto significa, portanto, que os anúncios que criar para chamar a atenção do público devem obedecer a regras concretas de espaço e dimensão para que atraiam a atenção da audiência em vez de se assumirem como uma fonte de desconforto. Só estará a investir em publicidade que não lhe trará retorno.
Coloque-se sempre no lugar do consumidor. Muitos empreendedores têm dificuldade em realizar este exercício mas tudo seria mais simplificado se o fizessem. Que direito lhe dá a si fazer grandes anúncios publicitários para tentar impingir a audiência com aquilo que está a vender? Se estivesse no lugar das pessoas, a navegar no seu smartphone, qual seria a sua reação ao confrontar-se com um anúncio desses? Mantenha em mente: proporcione sempre a melhor experiência possível ao utilizador.
3 – Não otimizar o conteúdo
O Google avisou-nos em 2014 que passaria a penalizar todos os sites que não fossem responsive… e não estava a brincar. Se tem uma estratégia em Mobile Marketing então é essencial que tenha cumprido pelo menos esta regra básica: que o seu site seja responsive, ou seja, que se adapte a qualquer ecrã, seja ele o ecrã de um smartphone, computador ou tablet.
No entanto, a otimização deve considerar também os seus conteúdos. Se está a desenvolver conteúdos para Instagram, então tem de considerar as regras para esse meio. Os links, por exemplo, não funcionam nesta rede social. Mas o mesmo já não acontece com o Facebook e o Twitter. Usar os mesmos conteúdos para todas as plataformas pode ser um erro que impacta diretamente os seus resultados mobile.
Verifique ainda se os elementos da sua publicidade não são pesados demais para serem carregados em conexões de dados convencionais, já que nem sempre o seu público estará a usar Wi-Fi. Apesar do mobile marketing ser quase sempre associado a smartphones, a categoria também inclui tablets.
4 – Não personalizar
Uma tendência tão forte quanto o próprio mobile marketing é a personalização. A publicidade está a passar por uma fase de crise e não há como negá-lo. Por isso mesmo, muitas marcas têm-se voltado para a personalização, procurando valorizar os seus utilizadores e chamar a sua atenção.
Ao desenvolver a sua estratégia de Mobile, procure oportunidades para tornar a experiência única para cada um, aproveitando as possibilidades da tecnologia. A maioria das plataformas digitais de redes sociais é capaz de encontrar pessoas em perfis específicos: basta criar conteúdo especialmente para elas.
5 – Não acompanhar os resultados
Esta é provavelmente a falha mais grave de qualquer estratégia de comunicação, e que nem faz sentido, mas que muitos empreendedores cometem. Partindo do pressuposto que estamos a fazer um investimento na aplicação de uma estratégia de Mobile Marketing – um investimento que nos custa tempo e dinheiro – é importante saber se estamos a registar resultados e se estão a ser concretizados objetivos.
Num ambiente que é tão dinâmico como o digital, é possível acompanhar em tempo real o sucesso ou o fracasso das suas iniciativas. Dessa forma, não só saberá o retorno, como poderá também fazer os ajustes necessários: seja para melhorar o que está bom ou corrigir o que não está adequado. Sem esse acompanhamento, fica totalmente alheio relativamente ao que se está a passar à sua volta.