Internet Espacial: satélites que emitem sinal para todo o mundo
O empreendedor milionário Elon Musk, da multinacional , anunciou um projeto que tem como objetivo fazer chegar a Internet a todos os cantos do planeta. A ideia, conhecida para já como Internet Espacial, pressupõe a criação de uma plataforma de satélites que, colocados em órbita baixa, serão capazes de transmitir sinal de rede para a superfície, alcançando até as aldeias mais remotas.
No final de 2014, – considerado o pai da Internet – defendeu que a “A Internet deve ser um direito humano”. Com o projeto apresentado pela , esta ideia deixa de ser apenas um sonho: pode tornar-se realidade.
Para quem não conhece, a é uma empresa que se dedica a tecnologia de exploração espacial. Sediada na Califórnia, EUA, a empresa está neste momento a recolher financiamento para a primeira etapa do plano Internet Espacial: 10 mil milhões de dólares. Entre os patrocinadores, encontra-se o Google.
A notícia avançada pelo site The Information apanhou a comunidade de surpresa e levantou algumas dúvidas. Porque investiu o Google num novo projeto? Relembramos que o Google já está envolvido em vários projetos para fazer chegar a Internet a todo o mundo, nomeadamente o seu próprio assim como o financiamento de um projeto da concorrência da : a OneWeb.
A única diferença entre a Internet Espacial da e a OneWeb, promovida pela Qualcomm e a Virgin, baseia-se na tecnologia usada para os satélites comunicarem entre si: enquanto os primeiros utilizam raios laser, os segundos recorrem a rádio frequência. A nave LaucherOne da Virgin Galactic de Richard Branson será a responsável por colocar no espaço uma constelação de 648 satélites.
Internet espacial para o mundo… e para Marte
A grande ideia da empresa de Elon Musk será criar uma rede global de Internet de baixo custo. Ao falarmos em global, falamos no verdadeiro sentido da palavra: todo o mundo. O plano pressupõe que a Internet estará acessível até nos cantos mais remotos do planeta, nomeadamente nas zonas rurais de países em vias de desenvolvimento.
Mas as novidades não ficam por aqui: se tudo correr bem, a plataforma Internet Espacial será capaz de fazer chegar o sinal da Internet a Marte.
No espaço, a luz viaja 40% mais depressa do que a fibra ótica dos cabos que ligam países e continentes. Ao usar tecnologia laser, o funcionamento da constelação de satélites será por isso extremamente rápido e eficiente. A rede de micro satélites da será instalada até uma altitude de 1200 km, permitindo assim a passagem rápida de informação e a um custo muito reduzido.
Atualmente são cerca de 50 os funcionários da a trabalhar unicamente neste projeto. Na comunidade web, o plano é conhecido como Internet Espacial enquanto não é atribuído um nome oficial pela empresa.
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