Hoje, existem vários indicadores que provam que a Internet transformou Portugal. A forma como a tecnologia se foi inserindo dentro das nossas casas na última década e meia traduziu-se numa mudança de comportamentos e padrões e lança luzes sobre o futuro de certos setores económicos.
Neste post, tentamos traçar um perfil geral de como Portugal mudou desde que o uso da Internet se generalizou. Quanto tempo passamos online? Quantos utilizadores de Internet existem no nosso país? Que tipo de websites mais visitamos? Encontre as respostas a todas as suas dúvidas.
Portugal, 2013. Por esta altura, quando foram disponibilizados os últimos dados sobre o uso da Internet em Portugal, o número de portugueses a aceder à Internet provou ser uma surpresa.
De acordo com um estudo realizado pela Marktest, o número de utilizadores colocava-se acima dos 5,7 milhões, um número que se julgaria impensável na passagem para o novo milénio.
Mas o que significava realmente este número? Bem, ao percebermos que 5,7 milhões correspondem a mais de metade da população portuguesa – estimada para cerca de 10 milhões de pessoas –, percebemos realmente como a Internet mudou os nossos hábitos.
O mesmo estudo da Marktest encontrou ainda padrões no comportamento dos portugueses. Nos 12 meses de 2013, foram visitados mais de 92,5 mil milhões de páginas, tendo cada utilizador visto, em média, 16 205 páginas. Novembro foi o mês que contou com mais utilizadores na Internet (5 363 mil) mas foi em Março que se registou o maior número de páginas visitadas.
Se falarmos no número de horas passadas a navegar pela Internet, apontamos que cada utilizador despendeu uma média anual de 223 horas na Internet. Por dia, isto traduz-se numa média de 1 hora e 20 minutos.
Não há dúvida de que os portugueses já aceitaram a Internet nas suas vidas. A questão agora é: se usamos tanto a Internet, que utilidade lhe damos?
Existem dois grandes campos onde todos os utilizadores estão presentes: os motores de pesquisa e as redes sociais. Na verdade, o domínio google.pt foi o que registou maior número de utilizadores únicos ao longo do ano, com 5 649 mil, apesar de ter sido o domínio facebook.com aquele onde mais páginas foram consumidas e ao qual mais tempo foi dedicado.
E, se raramente vemos Portugal acima das médias da União Europeia, no indicador que diz respeito às redes sociais não podemos apontar esta falha: Portugal tem mantido a sua posição. 70% dos utilizadores da Internet em Portugal faz parte de redes sociais, um número que está consideravelmente acima da média de 57% que tem em conta os 28 estados-membros da UE.
O querem todas estas mudanças dizer para o mundo empresarial? Por um lado, o facto de que 5 649 utilizadores visitam o Google confirma a necessidade de utilização de técnicas de Search Engine Optimization focadas neste motor de busca. Por outro lado, o tempo despendido no Facebook e noutras redes sociais reforça a necessidade das empresas pensarem em estratégias para as redes sociais.
Sim, já que falamos em redes sociais, vamos então tentar perceber o posicionamento dos portugueses neste universo. Como seria de esperar, o Facebook não é apenas a maior rede social do mundo: é também a maior em Portugal, agregando 4,7 milhões de utilizadores. Entre os poucos dados disponíveis, conseguimos ainda perceber a dimensão do LinkedIn com 1,2 milhões de utilizadores portugueses e do Pinterest, com 60 mil.
Se tem uma empresa e ainda não está a investir em social media, está na altura de pensar em fazê-lo.
O comércio eletrónico em Portugal cresceu bastante mas ainda tem muito espaço para crescer. Os números são animadores e mostram uma margem de crescimento com um potencial enorme.
O aparecimento de websites como o OLX e CustoJusto facilitou o processo de venda, permitindo a qualquer pessoa vender artigos usados de que já não precisa. Entretanto, grandes marcas – e algumas pequenas – têm apostado em plataformas para comercializarem online.
A ACEPI – Associação da Economia Digital, estima por isso que em 2020 estarão online 84% portugueses, o correspondente a mais ou menos 9 milhões de pessoas e que nessa altura o gasto médio por utilizador vai ultrapassar os 1000 euros em compras através da Internet. Vamos ter em consideração que, no entanto, o Reino Unido já ultrapassa os 2000 euros.
A Internet abriu portas para outras oportunidades de negócio. Atualmente à distância de um simples clique é possível encomendar qualquer produto de uma empresa situada do outro lado do mundo. E, embora ainda haja algumas reticências, a verdade é que o fenómeno do e-commerce é cada vez mais português.
O mercado de língua portuguesa e a possibilidade de chegar a países como o Brasil, Moçambique ou Angola, colocam Portugal numa posição privilegiada.
De notar, que a Internet também tem dado voz a quem antes não a tinha: tem-se confirmado a tendência crescente para a expansão da blogosfera. Em 2006, a blogosfera duplicava de 6 em 6 meses. Hoje, apesar dos números não estarem convenientemente determinados, não há como negar o potencial dos blogs. São cada vez mais as empresas e particulares a procurar este tipo e soluções e os bloggers a fazer sucesso.
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