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As grandes marcas já estão de olho na Geração Z

Geração Z

As grandes marcas já estão de olho na Geração Z

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Já está familiarizado com o termo Geração Z? Esta é uma definição sociológica aplicada aos que nasceram entre a década de 90 e o ano de 2010. Os nascidos neste período foram moldados de forma especial por fenómenos como a recessão económica, atentados terroristas,  índices de desemprego astronómicos e catástrofes climatéricas. O resultado? A maior parte destes jovens que fazem parte da Geração Z estão preparados para o mundo e têm uma visão mais realista que os seus pais.

No total, a Geração Z corresponde a uma fatia de cerca de dois mil milhões de pessoas por todo o mundo. Uma vez que se trata de um número bastante elevado, têm sido várias as marcas a considerar as particularidades desta geração tão distinta e a ajustar as suas estratégias de Marketing em função das suas necessidades.

É por isso mesmo que, neste post, avaliamos esta geração – da qual eu mesmo faço parte – partindo da análise de certos estudos e investigações feitas a estes jovens e tendo em conta as características das gerações anteriores, os millennials, também conhecidos como a Geração Y.

Geração Z: o que os define?

Antes de mais, vamos apresentar um número que não deixa de ser interessante. De acordo com um prognóstico da Deloitte, estima-se que até 2025 uma fatia de 75% da força de trabalho do mundo seja composta por membros da Geração Z. O potencial produtivo e de consumo dos millennials já é algo tangível (nos EUA, por exemplo, têm uma capacidade de compra equivalente a 112 mil milhões de reais). Porém, as empresas começam agora a virar-se para a geração que se segue.

Para quem não sabe, a teoria do consumo indica que o segmento populacional dos 18 aos 24 anos é o mais influente. Tanto as gerações anteriores como posteriores procuram seguir as pessoas dessa faixa etária como exemplo e referência estética. E os Z – que se sucedem às gerações X e Y – começam a posicionar-se no topo da pirâmide de influência, e em cinco anos, vão dominá-la por completo.

Em vez de serem apenas sujeitos passivos de marcas e publicações, os membros da Geração Z procuram produzir conteúdos e utilizar a Internet para encontrarem o seu espaço de comunicação. Através do Youtube, por exemplo, emergiram várias celebridades da geração Z que conseguem ser mais populares do que líderes da indústria do entretenimento tradicional.

Outros canais de comunicação passam também por aplicações como o Vine (para vídeos em loop), o Playbuzz (quizzes) ou ainda o popular site de partilha de histórias virais, o Buzzfeed, que conta já com mais de 80 milhões de visitas por mês, de acordo com o Google Analytics.

 

Falando em termos de marketing, o potencial aqui apresentada é gigantesco. As primeiras marcas, a princípio desnorteadas, já detetaram a tendência, e algumas empresas – como é o caso da Starbucks e da Nike – procuram integrar a audiência como nunca antes foi feito: permitindo que façam parte do processo de construção do produto. Mais do que personalizar o produto, os membros da Geração Z querem de facto um papel ativo na produção daquilo que vão comprar.

Geração Z: novos tempos, novos paradigmas

O tempo livre dos jovens que fazem parte da Geração Z é cada vez mais voltado para as suas vocações profissionais. Aqui destacam-se os blogs, o desenho de moda, a fotografia: redes sociais e plataformas virtuais proporcionam o canal ideal para darem forma a estas atividades.

Em sintonia com os tempos de mudança, a consciência social e as atividades de voluntariado vão ganhando ainda um novo espaço. Segundo a última pesquisa da Millennial Branding (com jovens dos EUA), 76% demonstraram interesse em colaborador com uma ONG e 76% mostram-se preocupados com questões climatéricas.

Entretanto, se falarmos de política, a empatia com os partidos tradicionais já não é a mesma que a sentida pelos pais e avós da Geração Z. O espírito crítico tornou-se mais afiado e argumentativo. Abordagens práticas e concretas surgem como uma rápida alternativa a problemas como crises e mal-estar. É assim que, de acordo com o Cassandra Report, apenas 6% da Geração Z diz ter medo do futuro.

A privacidade emerge ainda como uma das preocupações provocadas pelos excessos do Big Data e de pais obcecados em gravar e fotografar os filhos e publicar as imagens nas redes sociais. Em tempos de WikiLeaks e da espionagem intensiva da NSA, os novos heróis já não são as estrelas da música, mas personalidades como Edward Snowden ou símbolos emergentes da justiça e transparência.

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