Não interessa qual é o tema: atualidade, moda, cozinha ou lifestyle. Num blog é possível escrever sobre quase tudo. Basta ligar o computador, aceder à Internet, escolher um sistema de gestão de conteúdos e transpor para o ecrã aquilo que vai na sua cabeça. Quem dita as regras é você mesmo.
Além de ser uma atividade sem custos, o blogging tornou-se também numa atividade rentável. Para algumas pessoas, o blog chega mesmo a ser encarado como um emprego rentável, a tempo inteiro e possível de ser executado a partir de qualquer canto do mundo.
Pelo menos, é esta a tendência comprovada pelos resultados do último estudo à Blogesfera, realizado em 2011 pela Technorati. De acordo com essa radiografia ao mundo dos blogs, 18% dos bloggers vivem parcial ou inteiramente dos rendimentos do seu blog.
Mas será que é possível ter um emprego como blogger em Portugal? Apresentamos 4 casos de sucesso de bloggers nacionais que decidiram enfrentar a sorte e viver exclusivamente do lucro dos seus espaços pessoais na web.
Chama-se Ana Garcia Martins mas no mundo da blogesfera – e até cá fora – todos a conhecem como A Pipoca Mais Doce. Online desde 2004, trabalha atualmente a tempo inteiro para o seu blog. A ideia de criar o seu espaço surgiu com a necessidade de escrever sobre aquilo de que gostava. Mesmo trabalhando como jornalista, as linhas editoriais do jornal limitavam a sua opinião.
No espaço de dez anos, o blog e as opiniões d’ A Pipoca Mais Doce tornaram-se numa marca que inclui uma linha de vernizes, jóias, t-shirts, entre outros produtos, entre os quais também dois livros. Todo o sucesso, registado a pouco e pouco, culminou na hipótese de se despedir da revista Time Out para se dedicar apenas ao blog. Não está arrependida: pode fazer o que gosta e ganhar dinheiro com isso.
De onde vem o dinheiro? A fatia mais grossa dos rendimentos é gerada pela publicidade. É contactada por várias marcas e faz parcerias com aquelas em que se revê, uma vez que assume a política de que não deve publicar nada de que não goste.
Já Mónica Lice dedica tempo ao seu blog desde 2009. No Mini-Saia, pode encontrar o mais variado tipo de publicações sobre fashion e styling.
Porém, para chegar até onde está, Mónica teve uma longa jornada. A sua história começa em fevereiro de 2006: dava aulas na Faculdade de Direito de Bissau, na Guiné-Bissau. Quando teve Internet em casa, começou a seguir o blog de um amigo que se focava na realidade africana e, portanto, pensou: porque não criar uma revista online sobre moda e beleza?
O regresso a Portugal, em 2008, foi o marco de uma nova etapa do projeto que demoraria mais um ano a entrar online. Mónica queria saber sobre o que ia escrever e arriscou: tirou um curso de styling, outro de consultoria de imagem e assim, sentindo-se preparada, abriu o Mini-Saia, dedicado a todas as mulheres.
Apesar de, em 2008, ser complicado depender financeiramente do Mini-Saia, Mónica manteve a esperança de gerar lucro e estabeleceu parcerias com marcas. A ideia resultou. Os banners de publicidade e alguns conteúdos pagos são ainda hoje os principais geradores de receita.
Fernanda Velez só acreditou no sucesso do seu blog quando as peças de roupa com que fotografava a filha começaram a esgotar nas lojas. A caminho do seu terceiro ano, o Blog da Carlota já está presente no ranking dos 30 blogs mais visitados do Blogómetro.
A ideia de criar este espaço surgiu quando a sua filha, Carlota, tinha 4 meses. Uma vez que era abordada frequentemente sobre a roupa com que vestia a pequena Carlota, decidiu apostar num blog para apresentar o look da filha. O sucesso foi inegável. No espaço de quinze dias, contou com 700 visitas e, no final do primeiro mês, somavam-se já 3 mil visitantes.
O sucesso também foi registado pelas marcas de roupa que apareciam no Blog da Carlota. Ao perceber esta tendência, Fernanda decidiu ir mais longe e começou a organizar o Mercadito da Carlota, patrocinado pela Seat. O objetivo seria promover as marcas de roupa.
Hoje, ser professional blogger é o emprego de Fernanda Velez. Formada em Marketing, despediu-se para tomar conta da filha nos primeiros anos de vida e encontrou a chave para gerar lucro.
Apesar de não se considerar blogger profissional, José Cabral vive de um projeto que nasceu há quase 6 anos. Inspirado em blogs como o Facehunter, The Sartorialist e o Still in Berlin, arriscou despedir-se do BES para começar O Alfaiate Lisboeta.
A ideia de escrever e publicar retratos de pessoas que encontrasse na rua deixou-o bastante interessado. Tratava-se de uma conceito inovador que podia ser facilmente aplicado às ruas de Lisboa e fazer sucesso. E o sucesso foi comprovado. Na verdade, além do blog, José Cabral começou a colaborar com o jornal Metro, Vogue online e a revista do Expresso, para além de ver fotografias suas publicadas internacionalmente.
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