No blog Estratégia Digital já falamos mais do que uma vez do valor do comércio eletrónico. Embora encarado no início do novo milénio como uma prática peculiar e estranha, repleta de mitos acerca dos métodos de pagamento digitais, hoje o comércio eletrónico encontra-se já bastante enraizado na nossa sociedade, tendo revolucionado por completo a forma como fazemos compras.
Desde que uma pizza foi vendida na Internet, na década de 80, oficializando assim o início da história do comércio eletrónico, já muito se caminhou. Recentemente, até a forma como viajamos acontece pela Internet, passando por aplicações como o Uber, que nos permite chamar um simples carro para nos levar a um certo destino e plataformas gigantescas como o TripAdvisor, que permite planear férias sem recorrer a agência de viagens.
É perante este mundo em constante evolução e crescimento que ficamos satisfeitos ao confirmar os mais recentes números estatísticos referentes a este mercado. O comércio eletrónico continua mesmo a crescer por todo e mundo e Europa, e promete continuar a crescer e a tocar cada vez mais qualquer tipo de negócio, desde as grandes corporações aos negócios de retalho.
De acordo com dados revelados pela Ecommerce Europe – uma associação de empresas europeias de comércio eletrónico – as compras online conseguiram gerar cerca de 455,3 mil milhões de euros durante o ano de 2015 no território europeu. Por outras palavras, isto significa também uma subida de 13,3% do valor arrecadado em 2014.
Estes números tão positivos fazem parte do mais recente B2C E-commerce Report, documento no qual a associação aponta para a existência de cerca de 296 milhões de ciberconsumidores. Entre estes consumidores digitais no Velho Continente, estima-se que cada um tenha gasto uma média de 1.540 euros em compras online ao longo do ano em questão.
Sem surpresas, são países como o Reino Unido, a França e a Alemanha a liderar as vendas que resultam neste saldo positivo. Somadas, as três nações europeias representam 60% das receitas totais do comércio digital. Entretanto, os números confirmam que o Reino Unido lidera com o mercado Bussiness to Consumer de maior dimensão (cerca de 157,1 mil milhões de euros) e um gasto médio por compra (3.625 euros).
Todavia, é a Alemanha quem tem mais “cibercompradores”, já que arrecadou 51,6 milhões de euros contra os 43,4 milhões de euros do Reino Unido. Quanto a mercados em crescimento, claro destaque para a Ucrânia, a Turquia e a Bélgica que cresceram, respectivamente, 35%, 34,9% e 34,2%.
O relatório da Ecommerce Europe destaca que o impacto do comércio eletrónico Business to Consumer na economia europeia tem vindo a aumentar e que tal crescimento deverá na verdade continuar nos próximos anos. Para 2016, por exemplo, espera-se que as vendas ultrapassem os 510 mil milhões de euros e que tal valor seja suplantado , uma vez mais, quando se atingirem os 598 mil milhões. E o mesmo acontecerá em 2018, ano em que se espera que o comércio eletrónico seja capaz de gerar 660 mil milhões de euros.
Por fim, as estimativas otimistas tornam-se mais brilhantes ainda quando percebemos todo o espaço que ainda há para crescer, com a Ecommerce Europe a assinalar que para já apenas 43% da população europeia faz compras através da Internet.