Fnac liderou compras online em Portugal no Natal de 2015
Só no início de 2016 foi possível perceber que as vendas virtuais cresceram em Portugal durante a última época de Natal. Entre os motivos apontados para este crescimento é de notar, como seria de esperar, a massificação da utilização dos dispositivos móveis e a aceitação do comércio online na sociedade portuguesa. Neste post, revelamos os dados divulgados pelo IPAM e falamos um pouco dos medos que ainda atormentam os portugueses quando pensam em comprar pela Internet.
Se há 10 anos atrás o comércio eletrónico não era bem aceite em Portugal, hoje a situação já mudou um bocadinho. Mesmo que os portugueses continuem a preferir ter a experiência física da loja, tocar e ver o produto antes de o comprar e até mesmo pedir recomendações aos funcionários, há cada vez mais portugueses a usar a Internet para fazer as suas compras.
O mito de que comprar na Internet é perigoso, porque o comprador pode acabar por ser vítima de burla ou ver os seus dados pessoais roubados, é agora sossegado pela credibilidade e garantia de segurança da maior parte dos sites. Marcas nacionais e internacionais de renome, como é o caso da , acabam por dirigir a vanguarda do comércio eletrónico.
Procurando fugir a longas filas de pagamento e cansados de procurar artigos que não estão em stock, os portugueses têm-se virado para a Internet para fazer as suas compras. Pelo menos foi isso o que aconteceu no Natal, época em que os centros comerciais se tornam um verdadeiro caos ao serem invadidos por multidões com intenção de comprar as suas prendas de Natal.
Isto, aliado ao facto de que o consumo da Internet é cada vez mais mobile, permite que façamos as nossas compras em qualquer lado. A comodidade que se segue é também um ponto que joga a favor do online: recebermos a nossa encomenda em casa ou no local de trabalho. Alguns sites praticam ainda a modalidade de levantar a encomenda na loja física mais próxima.
De acordo com os dados divulgados pelo IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing – o número de compras online realizadas no último Natal cresceu consideravelmente quando comparado ao de anos anteriores. De acordo com declarações de Mafalda Ferreira, docente e investigadora do IPAM, ao Jornal de Negócios, o estudo qualitativo permitiu apurar que 4,6% dos inquiridos adquiriram as prendas de 2015 através da Internet.
Ainda que este seja um dado residual, como aponta Mafalda Ferreira, basta olharmos para a situação em 2012 para percebermos como há de facto um crescimento: nesse ano, o mesmo valor era igual a 0%. Em 2013, evoluiu para 1,6% e em 2014 para 1,9%.
Entretanto, mesmo que a maior parte dos inquiridos não tenha feito compras pela Internet, o inquérito permitiu perceber que o online se tornou uma peça crucial quando combinado com outros para efetuar a compra. Em 2015, 17,6% dos inquiridos respondeu ter recorrido à Internet para investigar o produto em questão, um número que cresceu 5% face ao registado no ano anterior.
Compras online: que loja foi mais visitada pelos portugueses?
Entre as lojas online portuguesas a que mais visitas recebeu foi a Fnac, registando desde 17 de novembro (quando arrancou a campanha de Natal da loja) mais de 8 milhões de visitas . Em declarações ao Jornal de Negócios, Paula Alves, diretora de comunicação e marketing da Fnac Portugal, admitiu que foi notado “que os portugueses estão cada vez mais a utilizar as novas tecnologias, nomeadamente, em movimento, e em qual quer lugar, através dos seus telemóveis e tablets, e a adoptar esta perspectiva omnicanal”.
Os resultados, no entanto, estão de acordo com o esperado. A tem aplicado, desde 2014, uma perspectiva omnicanal “que integra as diferentes tipologias de lojas físicas, loja online e mobile, no ‘e-marketplace'”, acrescenta Paula Alves.
As categorias de livros, música e tecnologia foram aquelas que registaram um crescimento mais acentuado. “Nomeadamente no sector’mobile’ – que duplicou vendas face ao ano passado – e também no ‘e-marketplace'”, disse a diretora de comunicação e marketing da Fnac. Entretanto, foram ainda notados crescimentos históricos em categorias da Fnac que são menso tradicionais, como é o caso da decoração puericultura e desporto.