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Quase 50% dos brasileiros usa o comércio eletrônico

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Quase 50% dos brasileiros usa o comércio eletrônico

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Na última década, o papel da Internet no Brasil e no mundo ficou confirmado: a web tornou-se num importante meio de comunicação, interação social e, acima de tudo, numa valiosa fonte de informação. Assim, é muito provável que um negócio inserido neste contexto, ajustado através de estratégias bem pensadas, tenha tudo para dar certo. Neste post, debruçamo-nos em diferentes particularidades da Internet e como tudo pode condicionar a forma se faz comércio eletrônico no Brasil.

O comércio eletrônico no Brasil continua a crescer e as previsões dos empreendedores que já estão no mercado são muito otimistas. Pelo menos é isto que aponta um novo estudo apresentado pela agência Mintel que garante que também no Brasil a Internet poderá servir como um importante impulsionador do comércio, ultrapassando alguns dos obstáculos impostos pela crise económica.

O estudo aponta que, entre março e abril de 2015, os brasileiros ligados à Internet utilizaram a Internet da seguinte forma: 85% usou pelo menos uma vez a sua conta de e-mail, 84% visitou as suas contas nas redes sociais e 76% leu notícias. Esta é, todavia, uma radiografia muito geral à forma como se consome a Internet.

Em contrapartida, apenas 43% dos brasileiros respondeu ser adepto do comércio eletrônico. Apesar de ser um número mais baixo quando comparado com os dados citados acima, existe a certeza de que esta é uma tendência crescente e de que o comércio eletrônico no Brasil tem de facto muito para dar.

Os obstáculos ao comércio eletrônico continuam a ser os mesmos de sempre, tal como confirmou o mesmo estudo da Mintel. O medo de serem vítimas de fraude é  apontado como o primeiro motivo para não se fazer compras através da Internet.

Questionados acerca da segurança na internet, 64% dos entrevistados identificou-se com a afirmação: “Preocupo-me com a segurança dos meus dados pessoais ao pagar por produtos e serviços online”. Já 50% dos inquiridos confessou preocupar-se também em confiar as suas informações pessoais (morada, número de cartão de crédito, nome completo, entre outros) a sites.

Quem mais usa o comércio eletrônico?

Se tem um negócio na Internet ou pretende instalar-se em breve neste mercado, convém conhecer um bocadinho melhor o público que mais usa o comércio eletrônico, certo? Assim, a Mintel também responde a essa pergunta, após traçar uma análise a diferentes grupos demográficos.

 

Indo ao encontro do esperado, é o consumidor jovem o maior adepto do comércio eletrônico. Esta pode não ser uma novidade, uma vez que é este o grupo demográfico “mais tecnológico”, nascido praticamente em frente ao computador. De facto, a Mintel aponta que 52% dos consumidores se situam entre os 16 e os 24 anos. Segue-se uma fatia menos larga, composta por 36% dos consumidores entre os 35 e os 44 anos.

Relativamente ao sexo que mais compras faz na Internet, o estudo indica que são os homens, que correspondem a um grupo de 56%, que mais compras fazem, ganhando a batalha contra as mulheres, que correspondem a uma fatia de apenas 48%.

No que diz respeito a outras ativiadades na Internet, as coisas já se tornam um bocadinho diferentes. Ler notícias, por exemplo, é uma prática regular dos utilizadores entre os 16 e os 24 anos (76%) e os utilizadores acima dos 45 anos (77%).

E, claro, falemos agora das redes sociais. O estudo da Mintel expõe uma série de excelentes oportunidades para as empresas explorarem o interesse do consumidor brasileiro nas redes sociais. A pesquisa detectou que 29% dos utilizadores de redes sociais clicou em links em sites como o Facebook, o Pinterest e o Twitter para consultar informação sobre um produto/marca. Por outro lado, a publicidade já não era o que era. Apenas 22% dos inquiridos respondeu clicar em anúncios que viu nas redes sociais.

Por último, falamos ainda de um importante fator para o comércio eletrônico: a procura de informação. Aproximadamente 26% dos inquiridos respondeu fazer uma pesquisa online antes de concluir uma compra. Comentários e avaliações a produtos e serviços é o tipo de informação mais procurada.

Ainda assim, muitas das opiniões dos consumidores levantam suspeitas quanto a sua idoneidade. Por exemplo, 26% dos inquiridos concorda com a seguinte afirmação: “Tenho dificuldade em confiar nas informações publicadas por fontes anônimas na internet”. Além disso, 29% diz que é difícil saber se as opiniões e comentários online sobre produtos e serviços são verdadeiros.

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