Muitos profissionais de Tecnologias de Informação continuam a ver o Cloud Computing como algo extremamente inovador e recente. Mas as opiniões dividem-se frequentemente porque uma boa parte dos utilizadores da Internet continua a olhar desconfiadamente para este sistema de armazenamento em nuvem.
Se olharmos para a evolução do cloud nos últimos anos, reparamos num notável crescimento da sua utilização. Só em Portugal o cloud já era, em 2012, uma opção utilizada por 22% das PME’s. O que nos dizem estes números? Estará o armazenamento em nuvem na moda? Ou será que a popularidade advém de vários factores?
Neste post, falamos da tendência crescente do cloud e tentamos perceber porque razões tem recebido tanta atenção nos últimos tempos.
Antes disso, importa esclarecer porquê “cloud” ou, em português, porquê “nuvem”? A palavra funciona na verdade como uma metáfora para uma nova forma de ligar computadores e servidores, utilizando como principal ferramenta a Internet.
A principal diferença é que em vez dos seus dados estarem armazenados num servidor físico, localizado num qualquer local específico, estão em vários servidores ligados entre si, de acordo com o princípio computacional de grid computing.
De forma simples, o grid computing ou computação em grade é um modelo onde várias máquinas partilham os mesmos dados, dividindo as tarefas entre si para que possam obter um desempenho mais eficaz.
A grande vantagem do cloud computing está na acessibilidade: basta um computador com ligação à Internet para que qualquer um possa aceder à informação pretendida. Existem inclusive algumas empresas que prestam já serviços que, até a um certo número de megabytes, são gratuitos. É o caso do iCloud, usado mesmo por algumas celebridades, e que foi recentemente hackeado.
Embora o facto de ter sido hackeado faça com que surjam várias questões no que diz respeito à segurança deste tipo de sistemas, a verdade é que existem várias vantagens que fazem com que deva utilizar esta forma avançada de ligação entre computadores que não serve apenas para armazenar dados, como também para alojar sites.
Infelizmente, um dos motivos pelo qual o armazenamento em nuvem foi tão falado nos últimos tempos foi mesmo pela questão da segurança. Apesar do cloud garantir que os dados não se perdem, têm acontecido alguns casos de ataques informáticos que mostraram algumas das principais vulnerabilidades da cloud.
A grande discussão aconteceu em setembro de 2014 quando ataques hackers à Apple resultaram no roubo de fotografias íntimas de personalidades públicas. Entre as vítimas contam-se nomes como Jenniffer Lawrence, Ariana Grande, Rihanna, Victoria Justice, Kim Kardashian, Kate Upton, Lea Michelle e Kirsten Dunst. As fotografias guardadas no sistemas iCloud da Apple foram roubadas e divulgadas na Internet. Este escândalo associado ao cloud implodiu de imediato um debate aceso sobre o armazenamento em nuvem.
Tudo terminou quando a Apple admitiu – após uma investigação de 40 horas – que a cloud era afinal segura e que a invasão tinha sido gerada através de outros métodos. Basicamente, os hackers conseguiram aceder às contas cloud das personalidades através das questões de segurança que estão associadas ao Apple ID e a outros serviços da Apple.
Entretanto, apesar desta crise que pôs o cloud nas bocas do mundo, a popularidade do Cloud Computing continua a ser promovida essencialmente por investigadores que acreditam que esta é a tecnologia que mais receberá investimentos nos próximos anos.
Além de atestarem a segurança do meio, os especialistas acreditam que este é realmente o futuro: todos os nossos dados disponíveis quando precisarmos dele, independentes de hardwares.