Oracle e Aloo querem melhorar a transmissão de dados em nuvem no Brasil
O armazenamento de dados em Cloud tem merecido bastante atenção nos últimos anos. Ao ter como principais vantagens a seu favor o facto de não limitar os dados a um servidor físico, há cada vez mais empresas europeias a render-se aos serviços da nuvem, especialmente quando se trata do e-mail e de armazenamento adicional.
Foi por esta mesma razão que a multinacional americana Oracle se associou-se recentemente à brasileira Aloo Telecom para oferecer serviços de transmissão de alta velocidade de dados através da nuvem. Num comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Aloo Telecom, com sede em Alagoas e uma líder do setor de transmissão de dados no Nordeste, indicou que a iniciativa faz “parte da estratégia de expansão da companhia no território nacional”. A primeira etapa dessa expansão deve ocorrer nos próximos dois anos.
A ferramenta Aloo Cloud Powered by Oracle tinha começado a ser comercializada em junho, utilizando a rede de fibra ótica de alta velocidade para transmissão de dados, com uma capacidade de quatro terabytes por segundo, de acordo com o comunicado.
Dados em nuvem: quais os objetivos desta parceria?
“No Brasil, consomem-se hoje, em média, cinco terabytes de internet por segundo, e a nossa expectativa é que a utilização deverá chegar a 20 terabytes por segundo nos próximos três anos”, indicou Felipe Cansanção, diretor-executivo da Aloo Telecom, em declarações à imprensa.
O vice-presidente de Inovação da Oracle para a América Latina, Fernando Lemos, destacou a infraestrutura da rede da empresa brasileira, que tem 3 mil clientes corporativos em 14 estados.
A aliança é a primeira desse tipo estabelecida pela Oracle no Brasil, a quarta na América Latina. A expectativa da Aloo Telecom com o acordo é aumentar seu faturamento em 15% até 2018, ano em que a região deve ter um aumento de investimentos na nuvem de 40%, de acordo com a consultoria IDC.
Em 2016, a Aloo Telecom cresceu 43% em termos de expansão e prevê para o próximo biênio investimentos de 75 milhões de reais, parte deles focada no segmento de dados na nuvem.
Outra empresa brasileira do setor de banco de dados, a Odata, controlada pelo fundo Pátria Investimentos, anunciou um investimento de 100 milhões de dólares para expandir os seus serviços na Colômbia, onde se instalará na zona franca de Bogotá, numa operação conjunta com o grupo colombiano Navitrans. Segundo o presidente da Odata, Ricardo Alário, a empresa espera abrir outros três centros de dados na Colômbia nos próximos sete anos.