7 medidas para acabar com as notícias falsas do Facebook
O Facebook confrontou-se recentemente com uma polémica: uma invasão de notícias falsas na rede social poderia ter influenciado os resultados eleitorais nos Estados Unidos. O teor destas notícias, por sua vez, não favoreciam a imagem de Donald Trump e levantavam a dúvida: devemos acreditar em tudo o que lemos?
A verdade é que esta é uma questão que deve ser trabalhada nos próximos anos. A quantidade de informação publicada na Internet, a toda a hora e momento, impede que haja editores a verificar constantemente a veracidade da informação e a medir o impacto que essa (des)informação terá na audiência.
Ainda que a empresa de Mark Zuckerberg já tenha confirmado que as notícias falsas sobre Trump não influenciaram de facto os resultados eleitorais nos Estados Unidos, a maior rede social do mundo está agora a preparar-se para dar passos mais alargados para prevenir que situações como esta continuem a acontecer.
O Facebook anunciou um plano de sete pontos para combater a “desinformação” na rede social. Mark Zuckerberg não quer, com esta nova estratégia, afirmar-se como um “árbitro da verdade”. O que o fundador da rede social pretende fazer é “confiar na comunidade que compõe o Facebook” para detetar os conteúdos falsos.
O principal mecanismo de deteção de notícias falsas — como a notícia de que o Papa Francisco teria apoiado Donald Trump, uma das várias que foram divulgadas ao longo da campanha eleitoral do Presidente norte-americano — é a possibilidade de os próprios utilizadores identificarem um conteúdo como falso.
Ao longo dos próximos parágrafos apresentamos então os 7 pontos que o Facebook está a trabalhar para combater a praga das notícias falsas.
7 medidas para acabar com as notícias falsas do Facebook
Deteção mais forte de conteúdos falsos
De acordo com o Facebook, a rede social está a trabalhar numa forma de melhorar a “capacidade de classificar a desinformação”. Isto passará pela criação de “melhores sistemas técnicos para detetar o que as pessoas irão denunciar como falso antes de elas o fazerem”. Este é um trabalho que acontecerá internamente, executado pela equipa do Facebook.
Maior facilidade em reportar notícias falsas
No entanto, grande parte desta estratégia passa por dar aos utilizadores do Facebook o poder para apontarem que notícias são falsas. A rede social pretende que seja mais fácil para qualquer pessoa assinalar um conteúdo falso.
Verificação externa
Esta será provavelmente uma das jogadas mais ambiciosas do Facebook. A rede social tenciona formar parcerias com organizações de fact-checking que ficarão responsáveis por detetar rapidamente conteúdos falsos.
Avisos
Uma vez encontradas notícias falsas, o Facebook tenciona identifica-las publicamente como tal. Os responsáveis da rede social querem criar uma etiqueta para ficar associada a este tipo de notícias.
Artigos relacionados
O Facebook quer também prestar alguma atenção aos artigos relacionados. Vários estudos mostraram que muitos dos conteúdos falsos surgem, na verdade, na secção de artigos relacionados de conteúdos verdadeiros.
Acabar com os conteúdos falsos patrocinados
Muitos dos conteúdos falsos provêm de posts patrocinados. De forma a prevenir a aplicação de esquemas fraudulentos para obter lucros, o Facebook pretende analisar melhor os conteúdos patrocinados e encontrar uma forma de regulamentar a mensagem de anunciantes.
Parcerias com os media
Por fim, o Facebook almeja “trabalhar com jornalistas e outros na indústria das notícias”, para “entender melhor quais são os seus sistemas de fact-checking e aprender com eles”.