O que pode a Internet das Coisas fazer pela sua saúde?
No blog Estratégia Digital já demos várias vezes atenção ao tema da Internet das Coisas. Para quem não está familiarizado com o termo, a Internet das Coisas implica que a Internet passe a integrar cada parte do nosso dia-a-dia, incorporando-se no mais variado tipo de objetos de forma a facilitar as nossas tarefas. Já imaginou se a Internet fizesse parte da sua roupa, da escova do cabelo ou da colher de pau que usa na cozinha?
A verdade é que esta uma tendência em crescimento e que, daqui a 10 anos, poderá já estar bem enraizada na nossa sociedade. De acordo com David Rose, investigador e cientista do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), “estamos a entrar num mundo do animismo, onde objetos têm real autonomia, têm uma forma consciência e onde as coisas estão quase encantadas, quase vivas”.
Neste post, mostramos como é que a Internet das Coisas pode assumir um papel fundamental na área da saúde. Para isso, mostramos exemplos reais de projetos que já estão a ser desenvolvidos e que prometem mudar a forma como vigiamos o nosso bem-estar e saúde.
4 aplicações da Internet das Coisas na saúde
Doenças mentais e epilepsia
A Neumitra funciona como um relógio que pode colocar no pulso. O formato é até elegante e fashion, disponível em vários modelos. Porém, a principal função do Neumitra não é dar as horas. O que esta objeto faz é medir, em tempo real, a temperatura do seu corpo, a transpiração e os seus movimentos para calcular um nível de stress e apresentar várias sugestões daquilo que pode fazer para não entrar em colapso emocional.
No sentido prático, o Neumitra pode ser utilizado para dettar doenças mentais e epilepsia. O grande desafio da equipa por detrás deste projeto passa, agora, por encontrar um algoritmo que seja capaz de compreender as mudanças fisiológicas por que passa uma pessoa. O que significa isto? Simples: que o Neumitra precisa de distinguir, por exemplo, se a transpiração e excitação são resultado de uma situação de extrema pressão ou de um exercício físico.
Humor
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A Beyond Verbal tem-se destacado no mercado da computação afetiva com um software de reconhecimento de voz. Porém, ao contrário de outros softwares do género, a app Moodies da Beyond Verbal identifica o estado emocional da pessoa que está a falar. Esta avaliação em tempo real permite identificar o estado de humor e demonstra ainda uma possível trajetória emocional a longo-prazo.
Porque é que esta tecnologia é tão importante? Porque permite às pessoas entender a linguagem de outras e, dessa forma, tomar atitudes que se ajustem às suas emoções.
Doenças Cardiovasculares
Todos os dias, no Brasil, morre uma pessoa, de 2 em 2 minutos, devido a uma doença cardiovascular. Este dado alarmante da Organização Mundial de Saúde torna-se mais grave se considerarmos a estimativa de que, em 2050, as doenças cardiovasculares serão responsáveis pela morte de uma pessoa a cada minuto.
A Internet das Coisas pode intervir nesta área de forma muito simples: com um aparelho chamado MocaCare. Este dispositivo mede e relata a curva de mudanças da taxa de batimento cardíaco assim como o nível de sangue no corpo. Todas essas informações são mais tarde transmitidas para o smartphone para que possa analisar os detalhes ou até mesmo partilhá-los com outras pessoas.
A Samsung, atentando na questão dos AVCs, está a desenvolver um capacete com sensores que captam dados, permitindo que o utilizador observe as suas ondas cerebrais no telemóvel e em tempo real e consiga assim identificar com maior rapidez qualquer sinal de AVC. Graças a tecnologias como esta, a doença mais mortífera do mundo pode finalmente ter uma solução acessível e eficiente.
Cancro da Mama
O cancro da mama é o que mais afeta as mulheres no mundo. Hoje, exames como a mamografia e a ultrassonografia mamária ajudam na prevenção da doença. Porém, de que forma pode a Internet das Coisas ajudar a prevenir este problema?
O Hi-Tech Bra surge como uma possível solução para a prevenção da doença. E se um soutien fosse capaz de identificar informações sobre um possível tumor nas mamas? Ainda que, nos próximos anos, esta tecnologia não possa substituir completamente os métodos tradicionais de rastreio, a verdade é que peças como este, que podemos vestir e que andam connosco sem qualquer desconforto, podem fazer a diferença um dia.